domingo, 12 de setembro de 2010

Acordei com uma epifania.

Acordei, após uma conversa com o melhor conselheiro- o travesseiro-, muito melhor do que me sentia.Somos eternas metamorfoses ambulantes –salve Raul o/ - Estamos em constante mudança,mas somos variações sobre o mesmo tema, desde que saibamos que tema somos,se não somos apenas pessoas se moldando totalmente em suas companhias.
Temos que nos conhecer para que os outros nos conheçam... E se 98% nos conhecem e 2% não nos conhecem,elas que não se vêem...Pois somos espelhos.Eu vejo nos outros,espelhos refletindo a mim,meus defeitos e minhas qualidades...Só posso criticar,elogiar,falar sobre as coisas dos outros,se eu as tiver.
Se não nos conhecemos,como podemos nos amar...E se nós não nos amarmos,quem fará isso?
‘Meu Deus!A Taruga endoidou!:O’ não...Pode ser que não me expresse direito,mas pra mim tudo isso faz sentido.Eu demonstro aos outros o que sou,porque eu acho que chego perto do ‘saber’ quem eu sou.Ou como estou,seria mais apropriado.
Eu vejo que somos o que achamos que somos OU o que os outros acham OU o que realmente somos.-Nós só saberemos quem realmente somos,na hora de nossa morte ou bem próximo a isso ou além disso;O que os outros acham,é somente um espelho,uma imagem que eles projetaram em mim;...E eu sou o que acho que sou.E pra manter isso,é preciso de auto confiança,é preciso ser segura de si.E é aí que vejo o maior problema,sermos seguros de si,sem nos acharmos demais,ser subjugarmos os demais.

Não vivemos no equilibro,mas não devemos viver nos extremos.Vivemos em constante movimento entre os pólos e o meio,mas nunca realmente ficamos no equilíbrio...Se o fizermos,ficamos parados,inertes...mortos.

Críticas são necessárias,mas criticamos para viver e não vivemos para criticar.E claro temos o livre arbítrio e o bom senso (será?) para ouvirmos as críticas e pegá-las,ou não.
Ouvi muitas críticas,de todos os tipos e todas as maneiras,durante esses 20 anos.E aceitei muitas delas, enquanto que uma parte eu não deveria ter seguido...Mas fez bem pra aprender,devemos ouvir os outros, é nosso ‘feedback’ mas não quer dizer necessariamente que devamos seguir o que nos falam.Porque é assim que se perde o seu caminho, e voltar pra ele depois é complicado.


"Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada

Por que você me pergunta
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar"

Raul Seixas - Gitâ

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